O LABIRINTO A MORTE E O PÚBLICO performance/dança performance/dance
João Samões (PT)
20, 21 Out – 21h30 20th, 21st Oct – 9:30pm
Transforma, Praça do Município - 8, Torres Vedras
O LABIRINTO A MORTE E O PÚBLICO tem uma estrutura ritualista que explora e rompe com a clássica relação entre observador/obra, colocando o público num fluido movimento entre a contemplação e a participação activa na construção da peça e na transformação/metamorfose do espaço cénico.
Num espaço e num tempo cúmplice; os criadores, o público, e um modelo anatómico de esqueleto humano interagem e reflectem sobre o carácter efémero do corpo, numa abordagem simbiótica entre uma experiência de acção no domínio do gesto e da presença e a comunicabilidade do espaço cénico no domínio dos signos e dos sentidos.
O meu trabalho assenta sempre num número muito restrito de variáveis. Nesta peça, toda a iconografia se instala sob o signo do efémero e do transitório. Assim como as palavras que acabámos de trocar se dissipam, mais aqui não fica do que um rasto de pó a vibrar na nossa memória.
Ossos do ofício. Assumimos o mistério das coisas.
Este teatro está incompleto até que tu estejas presente.
João Samões
concepção, direcção artística e espaço cénico João Samões / interpretação João Samões, João Galante / colaboração dramatúrgica Fernando Aguiar / intérprete convidada Renata Catambas (Torres Vedras) / som Jack Goldstein (Two wrestling cats, The tornado-1976/ The murder-1977) Blind Willie Johnson (Dark was the night Cold was the ground-1927) / desenho de luz e direcção técnica Bruno Gaspar / ideia original, investigação técnicas de inclusão do público João Samões, Sergi Faustino / produção executiva O Rumo do Fumo (Lisboa) / co-produção CCB/projecto Box Nova (Lisboa), Transforma AC (Torres Vedras) / residências artísticas Transforma AC (Torres Vedras), CAPa (Faro) / apoios DeVIR/CAPa (Faro), Espaço do Urso e dos Anjos (Lisboa), Balleteatro (Porto), Casa D´os Dias da Água (Lisboa), CENTA (Vila Velha de Ródão) / Projecto Financiado pelo Ministério da Cultura / DGArtes duração: 60 Minutos Agradecimentos: Vera Mantero, Cátia Mateus, Patrícia Romão, Luís Firmo, Rui Silveira, Marta Vieira, Tiago Miranda, Mónia Mota, José Laginha, Ana e Carolina Rufino, casaBranca.AC, Graça Passos, Daniel Tércio, Lúcia Sigalho.
Biografias
João Samões (1970) Estudou Antropologia na F.C.S.H. da Universidade Nova de Lisboa entre 1992 e 1995. Estudou técnicas de corpo, improvisação e composição em Lisboa e Nova Iorque. Bolseiro do Ministério da Cultura para estudos na área da Dança contemporânea em Nova Iorque em 2000. Colaborou como actor/performer com a Companhia de Teatro Olho (“Humanauta” 1994/ ”Guerreiro” 1995/ ”Disrupção” 1996) e o Grupo de performance Canibalismo Cósmico (“Anjos” 1991/”Refeição ocre sobre azul” 1992/”Cristal” 1993/ ”Transfere” 1994/”Redondo” 1995). Foi intérprete e co-criador em trabalhos dos coreógrafos João Galante e Teresa Prima (“Castanho...” 1996/ ”Golpe de sorte...” 1997), Francisco Camacho (“Gust” 1997 / “More” 1998), Vera Mantero (“Um estar aqui cheio” 2001 / “ ” 2002). Os seus trabalhos como intérprete e criador foram apresentados em Portugal (Lisboa, Porto, Évora, Torres Vedras, Castelo branco, Coimbra, Famalicão, Faro), Espanha (Santiago de Compostela, Barcelona), França (Paris, Marselha, Montpellier, Brest), Itália (Turim, Polverigi), Bélgica (Bruxelas) e Áustria (Salsburgo, Viena). Em 1998, foi convidado para o encontro de Improvisação “Crashlanding”, organizado em Lisboa por Meg Stuart (Damaged goods) & Christine DeSmedt & David Hernandez com as (ex) Danças na Cidade (actualmente Alkantara). Em 1999 foi assistente de coreografia no solo “Vertigem” da bailarina Paula Castro. Em 2001, colabora como performer na peça “Categoria 3.1” do actor e encenador Paulo Castro, criada e apresentada no Hospital Psiquiátrico do Conde Ferreira, no âmbito do evento “Elogio da Loucura” (Porto 2001 - Capital Europeia da Cultura) e em 2003 como actor na peça “A morte de Danton”. Em 2000, coreografa e interpreta o solo «18 Minutos» (seria como fogo numa fogueira teria aquela atracção de algo a mover-se numa sala enquanto tu pensas noutra coisa qualquer), uma homenagem a Marcel Duchamp. Em 2004, cria o dueto «Zones of Noise Influence». Em 2007, estreia em Lisboa a nova criação «O Labirinto a Morte e o Público».
João Galante (1968)
Estudou Artes Plásticas, Teatro e Dança. Colaborou regularmente como actor/performer com a Companhia de Teatro Olho (“El…”, “Zona”, “Anoz”, “DQ…”- encenador João Garcia Miguel). Como intérprete de dança, trabalhou com Madalena Victorino, Rui Nunes, Sílvia Real, Vera Mantero, Filipa Francisco, Francisco Camacho, Paula Castro, Carlota Lagido e João Samões. Como coreógrafo, desenvolveu algum do seu trabalho em conjunto com Teresa Prima, de onde destaca as peças: “À espera do raio” (1994), “O céu fica por cima” (1995), “Contra a morte” (1996), “Castanho é a cor da alma do meu verdadeiro amor” (1996), “Um golpe de sorte numa mera crise não é o suficiente” (1997), “Voodoo story” (1998), “Babylónia” (1998), “Nova Babylónia” (2002). Em 1998, coreografou o solo “Pas Mal”, interpretado por Madalena Victorino. Em 2000, criou o solo “S. Freud, o terceiro ouvido” com o qual ganhou uma menção honrosa do Prémio Acarte- Maria Madalena de Azeredo Perdigão. Em 2001, criou o solo “Hunny Bunny, o Lamento da Rosa” e, em conjunto com o artista plástico Paulo Mendes, o projecto de instalação/performance “Copy. Paste” no contexto do Porto 2001-Hospital Psiquiátrico Conde Ferreira. Em 2002, criou em parceria com Ana Borralho a performance “Mistermissmissmister”, “I love you” (2003) e “No body never mind. 001” (2003), “No body never mind.002” (2005). Em 2006, criou com Ana Borralho, a terceira e última parte da trilogia “NBNM”, a peça “No body never mind.003”, em estreita colaboração com o artista de som japonês Atsushi Nishijima, e a performance/instalação “SexyMF”. É membro fundador da associação cultural casaBranca.AC.
THE LABYRINTH, DEATH AND THE AUDIENCE has a ritualistic structure that explores and breaks with the classical relationship between observer / performance, while placing the audience in a fluid movement between contemplation and active participation in the transformation / metamorphosis of the set.
The audience, the performers and an anatomical model of a human skeleton, all accomplices in time and space, interact and reflect upon the ephemeral and transitory nature of the body, in a symbiotic approach to an experience of action in terms of gesture and presence and the communicability of the set within the domain of signs and senses.
My work is always grounded in a very restricted number of variables. In this performance, the entire iconography is established in the ephemeral and transitory. Just as the words we’ve just said vanish, nothing more than a trace of dust vibrating in our memory remains. We assume the mystery of things. Without your presence, this theatre is incomplete.
João Samões
conception, artistic direction and set design João Samões / performance João Samões, João Galante / dramaturgic collaboration Fernando Aguiar / local guest performer Renata Catambas (Torres Vedras) / sound Jack Goldstein (Two wrestling cats, The tornado-1976/ The murder-1977) Blind Willie Johnson (Dark was the night Cold was the ground-1927) / light design and technical Bruno Gaspar / original idea, research on audience participation techniques João Samões, Sergi Faustino / executive production O Rumo do Fumo (Lisbon) / co-production CCB/Programme Box Nova (Lisbon), Transforma AC (Torres Vedras) / artistic residence Transforma AC (Torres Vedras), CAPa (Faro) / support DeVIR/CAPa (Faro), Espaço do Urso e dos Anjos (Lisbon), Balleteatro (Porto), Casa D´os Dias da Água (Lisbon), CENTA (Vila Velha de Ródão) / Project financed by the Portuguese Ministry of Culture / DGArtesduration: 60 Minutes Acknowledgements: Vera Mantero, Cátia Mateus, Patrícia Romão, Luís Firmo, Rui Silveira, Marta Vieira, Tiago Miranda, Mónia Mota, José Laginha, Ana e Carolina Rufino, casaBranca.AC, Graça Passos, Daniel Tércio, Lúcia Sigalho, Luciana Fina.
Biographies
João Samões (1970) He studied Anthropology at the F.C.S.H of the Universidade Nova de Lisboa between 1992 and 1995. He also studied body, improvisation and composition techniques in Lisbon and New York - in the year 2000, on a scholarship from the Ministry of Culture for the area of Contemporary Dance. As an actor / performer, he has collaborated with the Theatre Company Olho (“Humanauta” 1994/ ”Guerreiro” 1995/ ”Disrupção” 1996) and the performance group Canibalismo Cósmico (“Anjos” 1991/ ”Refeição ocre sobre azul” 1992/ ”Cristal” 1993/ ”Transfere” 1994/ ”Redondo” 1995). As a performer and co-creator, he has worked in performances of the choreographers João Galante and Teresa Prima (“Castanho...” 1996/ ”Golpe de sorte...” 1997), Francisco Camacho (“Gust” 1997 / “More” 1998) and Vera Mantero (“Um estar aqui cheio” 2001 / “ ” 2002). His work, as a performer and creator, has been presented in Portugal (Lisbon, Porto, Évora, Torres Vedras, Castelo Branco, Coimbra, Famalicão, Faro), Spain (Santiago de Compostela, Barcelona), France (Paris, Marseille, Montpellier, Brest), Italy (Turim, Polverigi), Belgium (Brussels) and Austria (Salszburg, Vienna). In 1998 he was invited to take part in the improvisation meeting “Crashlanding” in Lisbon, organised by Meg Stuart (Damaged goods) & Christine DeSmedt & David Hernandez and (the former) Danças na Cidade (at present, Alkantara). In 1999, he worked as an assistant in the choreography of the solo “Vertigem”, by the dancer Paula Castro. In 2001, he collaborated as a performer in the play “ Categoria 3.1”, staged by Paulo Castro, which was conceived and presented at the Conde Ferreira Psychiatric Hospital, within the framework of the event “Elogio da Loucura” [Praise of Folly] (Porto 2001 – European Capital of Culture). In 2003, he worked as an actor in the play “ A morte de Danton”, also staged by Paulo Castro. In 2000, he created and performed the solo “18 MINUTES” (it would be like a fire in a fire place: it has that attraction of something moving in a room while you think about something else), which is a tribute to Marcel Duchamp. In 2004, he created the duet «Zones of Noise Influence». In 2007, he premiered his latest creation “The Labyrinth, Death and the Audience” in Lisbon.
João Galante (1968)
He studied Fine Arts, Theatre and Dance. As an actor / performer he has regularly collaborated with the Theatre Company Olho ((“El…”, “Zona”, “Anoz”, “DQ…” – staged by João Garcia Miguel). As a dance performer, he has worked with Madalena Victorino, Rui Nunes, Sílvia Real, Vera Mantero, Filipa Francisco, Francisco Camacho, Paula Castro, Carlota Lagido and João Samões. As a choreographer, he has developed some of his work together with Teresa Prima, of which he highlights: “À espera do raio” (1994), “O céu fica por cima” (1995), “Contra a morte” (1996), “Castanho é a cor da alma do meu verdadeiro amor” (1996), “Um golpe de sorte numa mera crise não é o suficiente” (1997), “Voodoo story” (1998), “Babylónia” (1998), “Nova Babylónia”(2002). In 1998, he choreographed the solo “Pas Mal”, performed by Madalena Victorino. In the year 2000, he created the solo “S. Freud, o terceiro ouvido””, which won him a honourable mention in the Acarte Award – Maria Madalena de Azeredo Perdigão. In 2001, he created the solo “Hunny Bunny, o Lamento da Rosa” and, along with the plastic artist Paulo Mendes, the project of installation / performance “ Copy. Paste”, which was produced in the context of Porto 2001 – European Capital of Culture and presented at the Conde Ferreira Psychiatric Hospital. He has conceived, in association with Ana Borralho, the performances “Mistermissmissmister”, “I love you” (2003), “No body never mind. 001” (2003) and “No body never mind.002” (2005). In 2006, he created, with Ana Borralho, the third part of the trilogy “NBNM” – the piece “ No body never mind.003”, which was made in close collaboration with the Japanese sound artist Atsushi Nishijima. In the same year, he created the performance / installation “SexyMF”. João Galante is a co-founder of the cultural association casaBranca.AC.
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